A raça é criada principalmente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais
Segundo dados de 2014, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil ocupa a quinta posição no ranking mundial de produção de leite. Malhadas de vermelho e branco ou preto e branco, a vaca Holandês é a segunda maior produtora de leite nacional e, por isso, responsável pelo sucesso brasileiro no mercado leiteiro. Baseado nisso, novos projetos para melhorar o gado estão sendo desenvolvidos em Goiás e no Paraná, devido à alta lucratividade do animal.
A Holandês é famosa não só pela sua produção leiteira, mas também pelos seus cruzamentos. O bovino nasce das reproduções entre diversas raças, mas também origina outras. O Girolando, por exemplo, é derivado das relações entre Gir Leiteiro e Holandês. E o Guzolando surge do cruzamento da Holândes com a Guzerá.
Segundo a Associação Paranaense de Criadores Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH), as estrelas do leite contribuem significativamente para a agropecuária brasileira. “Elas também colaboram com a fixação do homem no campo, através da mão de obra, gerando emprego e renda para a população rural”, diz a entidade.
Até hoje não foi estabelecida uma data de introdução da raça no Brasil. Estima-se que a Holandês chegou entre os anos de 1500 e 1535, durante a divisão do país em capitanias hereditárias, mas a única certeza é que o animal foi domesticado há cerca de dois mil anos na Holanda.
Para identificar uma Holandês é muito fácil. Sua cabeça bem moldada, fronte ampla, chanfro reto, pescoço longo, delgado e dorso reto marca o visual de uma vaca criada, principalmente, por pecuaristas que residem em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. São nesses estados também que ocorre a maior produção leiteira do país. A região sul, por exemplo, foi responsável por 34,7% da produção nacional, enquanto a região sudeste produziu 34,6% do total em 2014, segundo dados do IBGE.
Os pecuaristas que querem criar a raça Holandês devem ter cuidado com a sanidade do animal. A Associação ainda garante que é importante adquirir bovinos de criatórios que tenham origem comprovada através do Registro Genealógico. “O criador deve ter boas instalações, boas práticas de manejo e alimentação, contribuindo para o conforto do animal”, afirma a entidade.
Por: Bianca Sandrine | ABCBRH | Canal Rural